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05/11/2008

lost in the weird way


Perdida, no meio de gente e a chuva só me agrada a mim, com os chapéus de chuva vejo vos menos, não sei o que estou a fazer aqui, sinto-me perdida, e as caras dos estranhos nem as quero ver, fiquei sem capacidade de querer conhecer pessoas , desisti mas só das pessoas.

Nem me interesso se têm filhos, não me interesso, porque de alguma forma eu vejo os seus ridículos defeitos e os seus absurdos muito cómodos, estou farta de pessoas, especialmente aquelas que se queixam com a cara.

Estou cansada de vos cheirar as vulgaridades, cansada de ouvir as vossas vozes nasaladas, farta de me assustar com as gargalhadas forçadas de uma miuda que cresceu rápido demais.

E em tudo existe injustiça para mim, sinto-me única neste espaço, porque me entrego mas nunca é retribuido, estou num inferno e provavelmente não vou sobreviver.


As pingas da chuva caiem e sou a única impermeável ... chovem com o medo da chuva como se fossem alérgicos ... Pessoas , parecem bichos visto de longe, e de perto parecem monstros, estou cansada, a boa noticia é que para mim vai deixar de haver tanta dor, porque me vou embora, farta até do meu corpo, farta dele também só atrai merda, um homem que eu amei não mereceu e ainda hoje faz-me mal, dificulta-me a vida. Usando o meu filho. E outros que simplesmente ficam erectos sem sequer ouvirem o que tenho dizer, é nojento!


Cansada disto, mas não deste magnifico planeta , adoro-o.
As suas paisagens acolhem-me e flutuo... sou livre.
Mas como não me deixam ser livre, vou embora.

Vou embora voando ...
A viagem é longa e nem sei se consigo,
Mas faço na mesma, ninguém vem atrás de mim

No entanto ...
Retorno, vejo as caras deles , têm dor, têm saudades.

Têm sofrimento, eles querem-me cá e não aguento também as suas caras desesperadas, e volto, volto a sofrer, volto a conviver forçada com estes patéticos humanos que volta e meia injustiçam-me por tudo e por nada, e por cá definho pelos que amo, acabo por morrer na mesma , mas de cansaço, um dia descanso, quando sentir que me abraçam e nesse dia talvêz sonhe.




Tinha sonhos maravilhosos em criança...
No 1º dia da minha menstruação, pensei que algo monstruoso tinha acontecido, mas não, a minha mãe disse-me que era normal. Tinha dores nessa noite e não percebia porquê... sonhei que estava a ser possuída por um Deus.

Conhecia pouco de sexo, mas sabia que era uma coisa boa, carinhosa, como um beijo, por isso embarquei nesse sonho, e beijei-o, a partir daí tudo mudou, ele tratava-me bem nos sonhos.

Dizia-me coisas bonitas como vamos viver assim e esquecer o passado e as paisagens eram lindas , e ... por isso deixei-me flutuar, era recorrente sonhar com ele, mas depois não sei o que aconteceu...


Já não sonhava com ele, tinha pesadelos horríveis, quiz fugir, porque todos me faziam mal, todos me queriam mal e eu só queria o bem de todos, tentei viver.

Tentei viver, tentei existir, tentei ser como sou, tentei e raras vezes me traí.

E dessas raras pago-os meus erros por todos vocês. Enganei-me a mim e fui enganada por todos, tiraram-me o chão, e desde então tem sido um mergulho profundo, em que só me afundo, porque resolvi salvar umas quantas pessoas que não sabem voar sózinhas porque têm medo de cair no abismo.

Mas e se Te dissesse que o abismo não tem fim e eventualmente, não tem tempo e até todos aprendem a voar , o que é que achavas disso ?

2 comentários:

Bruno Fehr disse...

Gostei do texto, as pessoas na rua tb me enjoam com olhares e conversas banais, que me causam vontade de vomitar, tal é o tédio :S

I.D.Pena disse...

E o que fazes para conter os vómitos ?