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15/08/2008

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Já fui pobre, muito pobre mesmo, e agora qualquer luxo que tenha , sinto uma culpa que me faz desprezar qualquer coisa fútil.
Nessa altura da minha vida , com a minha família em que pouco tínhamos ou quase nada, acreditem ou não , mesmo com fome, sentia que não me faltava nada, fui muito feliz mesmo, inventávamos músicas até com o facto de não haver nada para comer no frigorífico, e imaginem só a nossa felicidade quando comíamos um chocolate, indescritível...
Hoje em dia, se fosse neste tempo, mesmo com as ultra-criticadas políticas do Sócrates, hoje em dia isso não acontecia, seriamos provavelmente visitados pela segurança social, e quem sabe separados, e ainda bem que isso não aconteceu, hoje somos todos à nossa maneira bem sucedidos, hoje lembramos-nos de tudo com um sorriso e um brilho nos olhos, há quem não goste de se lembrar dessa parte do seu passado e até que se envergonhe , alguns até resolveram atribuir culpas, mas de que adianta atribuir culpas?
Eles, os pais, fizeram o melhor que puderam, e disso não tenho dúvidas .
Olhando para nós agora (filhos) , não tenho vergonha nenhuma de dizer a todos que me sinto orgulhosa por todos , acho até que o digo poucas vezes .
Houve alturas tão más, falo por mim claro, houve alturas que preferia estar na escola que em casa e vice-versa, houve alturas que só gostava na vida era de dormir :( entristece-me que esse pensamento tenha passado na minha cabeça em criança.
Houve infâncias perdidas cedo de mais é um facto, mas isso não é sempre mau, é como tudo , depende de nós, e este laço que nos une como irmãos, é das coisas mais fortes que alguma vez senti, quando estamos juntos passamos o tempo a rir, e se calhar até é ousado escrever isto da minha parte , mas às vezes acho que as nossas infâncias não se perderam. Se calhar foram só adiadas...

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